Continuam os esforços dos voluntários para resolver, mesmo que parcialmente, o problema do óleo que chega ao litoral nordestino. Certamente, os animais estão entre as principais vítimas. Tartarugas atingidas pelo óleo, por exemplo, precisarão de muito tempo para voltarem para casa.
Isso, pois estamos falando das que sobreviveram, já que muitas morreram devido ao incidente. Levantamentos preliminares do Ibama, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, mostram dados preocupantes.
Pelo menos 19 tartarugas já morreram em decorrência do problema. Por outro lado, 11 delas foram resgatadas com vida e passam por tratamento. Os números de resgates e mortes, em suma, podem aumentar a qualquer momento.
Em resumo, como o óleo fica na superfície, as tartarugas acabam entrando em contato com ele ao subirem para respirar. Portanto, acabam ficando cobertas, e até engolindo o material. Em alguns casos, a morte é imediata e exemplares foram encontrados com óleo nos estômagos.
Tartarugas atingidas pelo óleo passam por cuidados especiais
Em primeiro lugar, a força-tarefa de voluntários busca descontaminar as praias. Grupos se revezam para retirar manualmente o que for possível. Mas nem todo o óleo pode ser retirado com as mãos, infelizmente.
Sendo assim, fica impossível fazer todo o serviço de limpeza apenas recolhendo o óleo. Enfim, foram divulgados diversos vídeos em redes sociais nos quais as pessoas tentam limpar os animais encontrados. As tartarugas resgatadas, portanto, passam imediatamente por uma ação de limpeza nas praias mesmo.
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Vídeo feito pelos pescadores de Barra de Maxaranguape mostra o momento em que os mesmos se depararam com uma tartaruga marinha coberta com o óleo. No vídeo é possível perceber a solidariedade do grupo em tentar retirar o óleo do animal que ainda se encontrava com vida. pic.twitter.com/j5AccZdRJO
As que sobrevivem, em conclusão, são encaminhadas para centros de triagem para tratamento e descontaminação. Mas os casos mais graves exigem muito mais do que um banho. Alguns exemplares precisarão de até seis meses de tratamento antes de voltarem ao mar.
Sem dúvida é um longo tempo longe do habitat. Porém, é necessário para evitar mais animais mortos nesta tragédia ambiental.
Principal fonte: Exame