Árbitros poderão encerrar jogos em casos de racismo, segundo novo código da FIFA

A FIFA (Federação Internacional de Futebol) publicou o novo Código Disciplinar, e há novidades bem relevantes. Árbitros poderão encerrar jogos em caso de racismo, por exemplo. A luta contra o preconceito é um dos pontos mais fortes das novas regras.

Os juízes poderão agora tanto suspender quanto encerrar partidas com incidentes envolvendo racismo. Em casos extremos, a vitória será atribuída ao adversário, como punição. As novidades, certamente, chegam até mesmo tardiamente. Isso, pois, infelizmente, o futebol coleciona incidentes tristes com o tema.

É caso do jogador Jordi Osei-Tutu, que sofreu ataques racistas durante um jogo:

https://twitter.com/RadioBlackOn/status/1149534379514814465

Mas o encerramento do jogo só será solução após duas etapas anteriores de advertência. Ou seja, o fim da partida é a terceira etapa. Portanto, é a punição em si.

A primeira etapa pede que o árbitro solicite um anúncio público pedindo que o comportamento cesse. Ou seja, ocorre uma chamada pelos alto-falantes avisando a torcida.

Na segunda etapa, ocorre a suspensão da partida. Sendo assim, caso o anúncio não seja suficiente, o juiz pode parar o jogo até que os insultos também parem.

Enfim, se nada disso funcionar, o “professor” pode dar a partida por encerrada, em qualquer altura. E, em conclusão, pode dar a vitória para o outro time.

Árbitros poderão encerrar jogos, e outras medidas serão tomadas

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Mudanças não abrangem apenas racismo, mas também outros preconceitos (Foto: Henry Romero/Reuters)

No caso de pessoas do meio futebolístico, como jogadores, por exemplo, as coisas também mudaram. Se alguém do meio se envolver em casos de racismo, as punições aumentam.

Em suma, antes as suspensões eram de cinco jogos. Agora são de dez partidas. Será aberta uma comissão de juízes para ouvir vítimas de racismo no meio do esporte.

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O Código Disciplinar da FIFA não passava por atualizações há 15 anos. Foi abrangida também a gama do que pode ser entendido como preconceito no futebol. Árbitros poderão encerrar jogos em casos de ofensas relacionadas a “raça, cor da pele, etnia, nacionalidade, origem social, gênero, deficiência, orientação sexual, idioma, opinião política, religião, local de nascimento e condição financeira ou qualquer outro status ou motivo”, segundo a entidade.

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